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O Monge e o Samurai. Uma parábola Zen sobre autopercepção.

  • Foto do escritor: DTQ | L&SC
    DTQ | L&SC
  • 22 de abr. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de abr. de 2019

Gostaria de dividir com vocês esta parábola, com a finalidade de refletirmos sobre o tamanho de nosso poder de escolha em relação ao o que atraímos para nossa vida, através de nossos pensamentos, vibrações, e atitudes.


Conta-se que certo dia, um famoso e hábil Samurai, grande e forte como raros, conhecido pela sua violentíssima índole, foi procurar um sábio Monge que meditava ao Norte durante o Inverno. Encontrando-o em meditação no meio da neve ao pé de uma montanha, não perdeu muito tempo e já lhe foi perguntando em tom de voz duro, acostumado à pronta obediência, sobre algo que sempre o atormentara e que, com o peso da idade, lhe consumia o espírito até o limite do insuportável:


– “Monge, tenho pensado muito nos caminhos que trilhei pela Vida até aqui… em tudo que vi e vivenciei. Sobre minhas decisões e anseios. Preciso muito de uma resposta, ensina-me de imediato: o que é o Céu e o que é o Inferno?”


O Monge, de pequena estatura, olhou para o bravo guerreiro de cima a baixo com ar de reprovação e lhe disse:


– “Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo e é um ser desprezível. Tens a inteligência de um inseto e o merecimento de um tolo. Seu mau cheiro é insuportável. Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a classe dos samurais. Sua mera existência é lastimável! Suma de minha frente criatura execrável, você é tão indigno quanto o mais indigno dos homens!”


O Samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer palavra alguma, tamanha era sua ira. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o Monge num violento e assustador ataque.


No auge de tamanha fúria, calmamente o Monge apontou-lhe o dedo e falou:


– “Eis o Inferno.”



O Samurai ficou imóvel como se tivesse sido congelado; estava ofegante e aturdido. A sabedoria e coragem daquele pequeno ancião o impressionaram, afinal de contas, arriscara a própria vida para lhe ensinar sobre o Inferno.


O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e caiu de joelhos diante dele numa profunda e sincera reverência. Seus experientes e destemidos olhos, que tantas sangrentas batalhas testemunharam, estavam marejados.


O velho sábio continuou em silêncio.

Passado algum tempo, o Samurai já com o coração pacificado, pediu humildemente cheio de vergonha e gratidão ao venerável Monge, que lhe perdoasse o infeliz gesto.


Naquele momento, o Monge em tom brando, doce e sereno lhe disse:

– “Eis o Céu”.




O questionamento que deixo para todos nós aqui é:


Qual portal temos aberto em nossos dias, por nos ocuparmos somente com o que está fora e não nos esforçarmos em profundidade de percepção sobre nós mesmos?


Enquanto vivermos de maneira inconsciente continuaremos sendo acionados por gatilhos mentais e abrindo os portais que nos apresentam e/ou nos dizem serem os únicos possíveis e existentes.


É hora de reclamar para si a nossa mestria sobre nós mesmos, por nós mesmos!


DTQ.


 
 
 

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