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O que as Corporações ainda não entenderam sobre a Nova Era? (PARTE 1)

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    DTQ | DH
  • 2 de jun. de 2019
  • 9 min de leitura

Lendo um artigo da ADP, com o título Evolution of Work 2.0: The Me vs. We Mindset , o qual fala sobre Empregados vs. Empregadores na atual realidade, eis que me surge uma certa necessidade de dividir algum conhecimento com vocês, de um prisma que não tenho visto no setor corporativo, os quais apenas rodam em diferentes nomenclaturas, mas ainda dentro da mesma caixa.



O artigo.


Partindo dos dados que 2/3 dos funcionários procuram ativamente ou estão abertos para um novo emprego, e que os empregadores relatam uma luta contínua para encontrar o talento certo para suas organizações; O que está acontecendo?


Em um esforço para entender melhor o que os trabalhadores consideram quando decidem permanecer no emprego atual ou aceitar um novo cargo, o ADP Research Institute® entrevistou funcionários e empregadores em inúmeros países. As respostas destacam uma desconexão entre os trabalhadores e seus empregadores em torno de fatores importantes, como:

  • Gerenciamento de talentos;

  • Recrutamento;

  • Retenção;

  • Desempenho corporativo.

A pesquisa foi realizada entre 5.330 funcionários e 3.218 empregadores, em 13 países, em empresas com mais de 50 funcionários. Os países pesquisados incluem: EUA, Canadá, México, Brasil, Chile, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda, Austrália, China, Índia e Cingapura.


Ok, uma pesquisa considerável, mas será que estamos realmente olhando para onde o “problema” está querendo nos mostrar?


Uma das passagens da publicação diz que, "...Embora o crescimento contínuo de corporações multinacionais e de uma força de trabalho global tenha levado à práticas de negócios mais eficientes e simplificadas, eles também criaram um roteiro único para todas as políticas de RH, que se arrisca a ser muito impessoal para atrair e reter os melhores talentos."


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Na verdade temos visto isso se repetir desde a revolução industrial, replicado no sistema de ensino para atender o formato das empresas, e estendido de forma inconsciente pelos pais na criação de seus filhos, embasado nos seus próprios desejos de que os filhos não sofressem no futuro. Nada mais que o Sistema sendo o Sistema, o qual nos coloca como robôs e não como indivíduos únicos, repletos de trilhões de células com as mais diversas combinações de informações, que nos permite olhar de forma única para as situações da vida e a desenvolver habilidades genuínas e autênticas, a fim de experienciarmos a vida pela nossa própria percepção, mas ainda assim mantendo todos interligados e complementares, quando em prol do bem comum e não de alguns.


Agora você pode estar pensando... é impossível ser efetivo atendendo a todos de forma tão singular... . Calma, talvez haja um “padrão” para atendermos a todos nas medidas de suas individualidades, mas talvez não da forma que você espera. Vamos continuar...


Ainda no artigo, diz que ...Prioridades e atitudes variam entre as diferentes regiões do globo, mas é seguro dizer que o coração da desconexão entre empregadores e funcionários é a visão micro / macro: os funcionários se concentram no dia-a-dia - em o que é importante para eles hoje e que pode afetá-los no trabalho. Os empregadores se concentram no panorama geral e na visão de longo prazo - qual é a saúde do negócio e quão bem desenvolvido é o caminho de carreira de longo prazo?...”.


Pergunto: O longo prazo não é feito da soma de muitos “hojes”?! Então concluo que o que deve ser visto nesse caso é a profundidade deste “hoje” dos funcionários, o qual se desencadeia de forma rasa em função do gatilhos mentais como o da escassez, para citar apenas um exemplo, introduzido pelo Sistema por meio, principalmente, da mídia (jornais, novelas, filmes...).


A cerne deste problema está na inconsciência destas pessoas sobre si mesmas, de não saberem realmente quem são ou o que querem realmente para si mesmos, de viverem por meio de uma programação mental, e não no fato de se concentrarem somente no hoje ou em o que os impactam em curto prazo. O impacto disso vai muito além e se estende para todos os setores da vida das pessoas.


É muito fácil identificar os efeitos dessa cegueira em nossas vidas. Apenas pare e pense quantas vezes quis conquistar algo e, quando conseguiu, aquilo perdeu o valor? Este é o sinal óbvio de que buscávamos algo sem real importância, mas pelo ego, pela ilusão, não pela essência.


Sim, a vida é feita de ciclos... mas, sem um real propósito, estes ciclos se tornam dores, e/ou apenas iniciativas, sem acabativa e/ou realizações genuínas.



Quem ou o que é o maior responsável por isso?


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Colhemos o que plantamos, certo? Indiscutivelmente sim.

E o que as corporações, e o que nós temos plantado?

Apenas como um dos milhares de exemplos, perdi as contas de quantas vezes escutei e vi pessoas dizendo que tiveram que “jogar o jogo”, a fim de justificar atitudes que, nitidamente, iam contra seus princípios/valores inatos, da alma, e que todos temos, mas que negamos a nós mesmos, quando agimos baseados em uma dor interna, a uma necessidade de pertencimento, ao seguir uma tendência de algo que nos deixamos acreditar ser o melhor para nossa vida.


É nesta inconsciência que, dia após dia, nos distanciamos de nós mesmos, e assim nos permitimos ser programados e conduzidos para onde querem que sejamos. Mais do que isso, trabalhamos e dedicamos nossa vida para que isto continue chegando a mais pessoas e a nós mesmos.


A boa notícia é que tudo chega a um limite! ...e temos sinais claros, em todo o mundo (como visto na pesquisa), de que está na hora de ser revisto a maneira como fazemos as coisas. Porém, é imprescindível que essa revisão seja feita com certa profundidade, e não por meio dos ideais do homem médio.



Transição de paradigma.


Apesar da transição de paradigma que o mundo vive hoje, o Sistema/Matrix ainda reina na maioria da programação mental das pessoas ao redor do mundo, principalmente dos responsáveis pelas grandes corporações que, atreladas à velha forma de se fazer negócios, estão totalmente ligados à competição. Infelizmente este formato ainda terá algum tempo de vida (sinais de uma raça pouco evoluída, baseada no ego) que, antes de se afogar, irá tentar se reposicionar de diferentes formas, para enfim morrer ou se transformar, e finalmente dar lugar a uma forma mais colaborativa, ao invés de competitiva.


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Mais do que isso, este efeito está sendo vivenciado também no varejo, pelo consumidor na hora de decidir por um determinado produto ou serviço. Motivo pelo qual iniciativas como o H2H(Human to Human) tem ganhado atenção frente ao B2B/C(Business to Business/Consumer).


A verdade é que, mesmo sem a real clareza sobre isso, o ser humano está sentindo uma necessidade incontrolável de ser reconhecido por seu devido valor e deseja que assim seja também com o seu próximo. O empregado está cansado de ser o que querem que ele seja, de atender tantas exigências ilusórias, de negar a si próprio para satisfazer o ego do jogo e de seus maiores jogadores. Essas mesmas pessoas, enquanto no papel de consumidores, também estão percebendo a programação mental a que estão submetidos e, dia após dia, estão tomando as rédeas das decisões em suas mãos.


Estamos caminhando para uma transformação que culminará em algo como; Se não sinto que este produto ou serviço está sendo feito com a intenção verdadeira de beneficiar o bem comum, eu não o quero.


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Muitos dos “grandes jogadores” também estão insatisfeitos, mas suas limitações, que na maioria das vezes é justamente o que os fizeram bons empreendedores (do ponto de vista do velho paradigma), não os permitem reconhecer e/ou ter coragem de optar por um novo ou mais amplo e talvez trabalhoso caminho. Caminho este que, de certa forma, sempre foi colocado como fraqueza, quando na verdade é onde estaria sua maior força.

Trata-se de uma necessidade intrínseca de desenvolvimento interno pessoal, da aceitação de seus pontos negativos mais obscuros, de se permitir a vulnerabilidade, de entender a perfeição do Universo e não aquela criada pela hipocrisia do homem. (Por favor, entenda que aqui não há vítimas ou acusados, já que a falta de consciência está na humanidade como um todo).



Quase Humanos.


Talvez você tenha se perguntado: Quais motivos desencadeiam esta falta de consciência?

Simplesmente o fato de não nos questionarmos sobre aquilo que fazemos, como fazemos, e porque fazemos. O que realmente buscamos, o porquê das tendências que seguimos, o que realmente é o certo e o errado, a ideia de sucesso, a necessidade do sucesso, o que é realmente sucesso... .


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Em termos gerais, é seguirmos apenas fazendo aquilo que esperam que façamos, pura e simplesmente para sermos aceitos numa sociedade que anda em círculos, para suprir necessidades que nos convenceram ser necessárias, e não nos damos conta por estarmos literalmente entorpecidos, escravos, roboticamente programados.

Seres Humanos? Huuummm... Ainda não.



Iniciativas profundas, de valor, e grande porte.


Um exemplo positivo acontecendo no mundo dos negócios, é a maneira de se fazer marketing do Rony Meisler (CEO Grupo Reserva).


Empreendedor idealista, Rony Meisler criou vários projetos socioambientais, que desde o lançamento já doou 8 milhões de refeições para quem tem fome no Brasil. Dentre os reconhecimentos que já recebeu, destaca-se o prêmio de Empresa Mais Inovadora do Mundo concedido pela revista norte-americana Fast Company. Além de sua atuação no Novo Grupo, Rony é palestrante, preside o movimento Capitalismo Consciente™ no Brasil, é membro do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (idv) e do conselho consultivo da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (abit).


“Não somos uma empresa que pretende vender roupas para pessoas e sim umaempresa de pessoas que vendem roupas. Criamos uma cultura de valoresalicerceados na missão de ser um amigo e não uma marca. Por consequência dos fatos listados acima somos hoje a marca masculina premium brasileira com o maior volume em vendas do país.”

Outra matéria interessante que li foi com o Alê Borges, gestor da marca de produtos naturais Mãe Terra, a qual foi adquirida pela Unilever, mas com o fundador ainda na gestão.


Segundo Borges, ele tinha proposta melhores que a da Unilever, mas a proximidade com o CEO Global o permitiu sentir veracidade no ideal da empresa em se manter grande, mas mudar a maneira de se fazer negócios, onde o ser humano tivesse o seu lugar frente ao lucro.


No artigo da ADP diz também que daqui para frente a competição será entre as corporações, em achar meios de contratar e reter estes profissionais. Podemos ver alguns esforços nesse sentido acontecendo, mas o velho paradigma ainda é tão presente nas organizações, que estas não percebem que oferecem mais do mesmo, de maneiras diferentes. Elas tentam oferecer uma ideia falsa de liberdade e mais benefícios para seus colaboradores, o que ainda não difere em nada de quando o colaborador “vendia sua alma” em troca de um aumento de salário, por exemplo. Sim, ainda estão tentando “comprar as pessoas para se calarem de si mesmos”, porém, não precisa ser muito inteligente para notar que não está dando certo.



Equidade nas Hierarquias e Reconhecimento de habilidades.


As Startups provam que o atual modelo de organização das corporações, centralizadoras, será absolutamente inexistente em menos de 10 anos.


Acredito que ainda haverá cargos, fundadores etc., mas não uma diferença de “altura” entre essas hierarquias, já que todos terão sua contribuição única valorizada em "equidade", uma vez que será devidamente reconhecido que a entrega final depende de todos que ali trabalham.


Não haverá supervalorização sobre conhecimento cognitivo, intelectual. Os que desenvolverem suas habilidades nesse sentido, assim o farão por que escolheram contribuir para o mundo daquela forma, mas não o faz mais importante do que outrem por isso. (Confira também o artigo que escrevi sobre o porquê da supervalorização da Inteligência Cognitiva).


Quanto ao critério de remuneração, acredito que é tema para um artigo futuro, uma vez que ainda não visualizo algo realmente efetivo nesta questão. Penso que baseado no nível de impacto sobre o bem comum, mas talvez somente quando as altas margens de lucratividade se tornarem impossíveis devido às facilidades de acesso e variedades de produtos de qualidade, pelo barateamento de tecnologias e facilidade de informação, o que acarretará em grande dificuldade de monopolização do mercado por grandes corporações.



Designando a Pessoa e o Profissional certo.


Um erro muito comum que também tenho observado é a designação de líderes e gestores que não estão na mesma sintonia de sua equipe, que não entendem como estes novos profissionais funcionam, sem uma postura colaborativa e participativa e que não valorizam o que realmente importa para este novo mundo. Aliás, eis aqui um grande desafio que as corporações devem se atentar, pois é preciso um tipo de PESSOA, e não mais apenas de um profissional. Alguém que fundiu seu velho Eu ("mundano") com o seu novo Eu (Essência), e que já possua alguma mestria sobre esta fusão (sobre si mesmo), a ponto de ser um link entre a velha e a nova mentalidade dentro das corporações, e então usufruir de um modelo de gestão condizente.


As empresas e seus colaboradores terão de se esforçar além do que a inteligência cognitiva, programável e facilmente “hackeada” oferece (Ver artigo).


Seus líderes deverão trabalhar primeiramente em si próprios, ajustar seus níveis de percepção em um nível mais sutil, lidar com suas dores, trabalhar suas faltas internas para tão, e somente então, poder contribuir verdadeiramente com sua liderança por meio do exemplo e de atitudes sinceras para com o ser humano, mais do que aplicar apenas técnicas de gestão.

(Continua...)


Como meu intuito aqui é realmente agregar com um conteúdo autêntico, fora da caixa, e bem fundamentado, decidi dividir o artigo em 2 partes, a fim de que a leitura seja leve e devidamente absorvida por todos.


Veja a seguir os temas que ainda serão abordados para então concluirmos este prisma sobre a relação Empregador vs. Empregado na Nova Era:

  • Cinco tendências abrangentes que estão direcionando transformações globais nos ambientes de trabalho;

  • Os três fundamentos pétreos e básicos da Nova Era;

  • O caminho para a transformação do Ser;

  • Um padrão para implementar; 

  • O que Harvard, Deepak Chopra, Gregg Braden, Nassim Haramein e Nikola Tesla têm em comum e como isso impacta no mundo dos negócios e na relação Empregador vs. Empregado?


Até lá!


DTQ.


 
 
 

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